Nos últimos anos, o Brasil se consolidou como um dos líderes globais na adoção de criptomoedas, com destaque para as stablecoins, cujo valor é atrelado a moedas tradicionais, como o dólar. Atualmente, essas moedas digitais representam cerca de 90% das transações cripto no país, refletindo sua ampla aceitação e crescente popularidade.
Segundo Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, esse aumento levanta questionamentos sobre suas motivações.
Desafios do crescimento cripto: supervisão e segurança em foco
Durante a Conferência Chapultepec, no México, em 6 de fevereiro, Gabriel Galípolo destacou que o crescente uso das criptomoedas no Brasil traz desafios. Esses ativos facilitam pagamentos internacionais e impulsionam a inclusão financeira, mas também exigem uma supervisão mais rigorosa para coibir a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro.
O crescimento acelerado do setor cripto desafia o monitoramento das transações e a criação de diretrizes que garantam a segurança do sistema financeiro. O Banco Central reconhece que a digitalização dos pagamentos exige equilíbrio entre inovação e controle. Regulamentações bem definidas garantem um ambiente confiável para usuários e empresas.
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A regulação do setor cripto no Brasil

Martelo, Justiça.
O Banco Central busca equilibrar inovação e segurança econômica. Entre suas principais iniciativas, está o aprimoramento de um marco regulatório mais robusto para proteger os usuários e coibir atividades ilícitas.
A regulamentação se concentra na definição de normas para exchanges e prestadores de serviços cripto. Diretrizes claras estruturam melhor o setor e garantem mais confiança para investidores e empresas. Além disso, regras para identificação de usuários, registro de transações e auditorias fortalecem a transparência do mercado.
Parcerias entre órgãos reguladores e empresas do setor são essenciais para a implementação segura de novas tecnologias, como o Drex.
Drex: o real digital como solução regulada
O Banco Central está desenvolvendo o Drex, a moeda digital brasileira baseada em blockchain, para modernizar transações interbancárias e ampliar o acesso ao crédito. Diferente das criptomoedas privadas, o Drex será regulamentado e totalmente integrado ao sistema financeiro nacional, proporcionando mais transparência e segurança.
Galípolo destacou ainda, que o PIX tem capacidade para se conectar a outros sistemas de pagamento instantâneo internacionais. Essa medida pode viabilizar transferências rápidas e seguras, reduzindo a dependência de criptomoedas em transações transfronteiriças e fortalecendo o ecossistema financeiro digital do país.
O futuro das criptomoedas no Brasil
O interesse pelos ativos digitais cresce constantemente, e o Brasil avança com inovação e regulação. Políticas claras permitirão que o mercado cripto evolua de forma segura e transparente, beneficiando usuários e o sistema financeiro.
O Banco Central acompanha essa transformação e busca soluções para incentivar o crescimento da economia digital sem comprometer a estabilidade econômica. Nos próximos meses e anos, novas medidas podem consolidar o Brasil como referência global na regulamentação e no uso de criptomoedas, garantindo um setor sustentável e seguro.
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