A Strategy, anteriormente conhecida como MicroStrategy, deu mais um passo para consolidar sua liderança como maior detentora corporativa de Bitcoin. A empresa anunciou a compra de mais 705 BTC, investindo cerca de US$ 75,1 milhões. Com isso, suas reservas totais chegam a impressionantes 580.955 BTC.
Esse número coloca a Strategy muito à frente de qualquer outra empresa pública. A companhia segue firme em sua estratégia de longo prazo: transformar o Bitcoin em seu principal ativo de reserva.
Empresa aposta em modelo inédito de financiamento
Ao mesmo tempo, em que anuncia a nova aquisição, a empresa também revelou uma movimentação estratégica no mercado de capitais. A Strategy pretende captar até US$ 250 milhões por meio de uma oferta pública inicial de ações preferenciais perpétuas, batizadas de Stride (STRD). Cada ação será emitida por US$ 100 e pagará um dividendo fixo de 10% ao ano, não cumulativo.
Esse modelo de captação é incomum entre empresas de tecnologia, mas reflete a criatividade financeira da instituição. O objetivo é claro: levantar capital adicional para seguir ampliando suas reservas em Bitcoin e fortalecer o caixa operacional. Michael Saylor, fundador e presidente executivo da empresa, afirmou que a iniciativa faz parte de uma visão de longo prazo, ancorada na escassez e no potencial do Bitcoin como reserva de valor.
Pagamentos com Bitcoin? É fácil na Kamoney.
Estratégia contínua de acúmulo e sinalização institucional
Desde 2020, a empresa mantém uma política agressiva de acúmulo de Bitcoin. Para isso, utiliza múltiplas fontes de capital, como venda de ações ordinárias, emissão de títulos e agora ações preferenciais. A cada nova compra, a Strategy envia um sinal claro ao mercado: o Bitcoin é uma aposta estratégica, e não especulativa.
Além disso, as movimentações da empresa exercem influência significativa sobre o mercado cripto. Muitas vezes, os anúncios de compra são seguidos por valorizações no preço do BTC. Isso ocorre porque investidores institucionais consideram esses movimentos como validação de que o ativo digital está se consolidando como classe legítima de investimento.
Integração entre finanças convencionais e criptoativos
Outro fator que reforça a posição da companhia é o ambiente regulatório mais favorável nos Estados Unidos. A recente aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista facilita o acesso de investidores tradicionais ao ativo. Isso impulsiona a entrada de grandes volumes de capital institucional no ecossistema.
Nesse contexto, a Strategy se destaca como uma das pioneiras nessa convergência. Sua atuação une a governança corporativa típica de grandes empresas com a lógica descentralizada do Bitcoin. Esse diferencial pode garantir vantagem competitiva nos próximos anos.
Perspectivas de crescimento
A empresa não demonstra intenção de desacelerar. Pelo contrário, já manifestou planos para captar US$ 84 bilhões até 2027. Com esses recursos, a organização pretende continuar aumentando suas reservas em Bitcoin. Se mantiver o ritmo atual, poderá superar a marca de 600 mil BTC em breve.
Esse cenário também pressiona outras companhias a revisarem suas políticas de alocação de ativos. A movimentação da Strategy pode gerar um efeito cascata entre empresas que buscam diversificar patrimônio e proteger-se da inflação.
Bitcoin deixa de ser aposta e se torna pilar estratégico para grandes corporações
A Strategy está moldando o caminho para a institucionalização definitiva do Bitcoin. Sua abordagem inovadora e agressiva reforça a tese de que o BTC está deixando de ser apenas um ativo especulativo para se tornar parte estrutural do sistema financeiro global.
Com quase 581 mil bitcoins sob custódia, a empresa ocupa uma posição central nesse processo. O que antes era visto como ousadia, hoje começa a parecer uma estratégia visionária.
