Em um movimento que reforça a influência crescente das criptomoedas, Paquistão e El Salvador iniciaram um diálogo sobre cooperação futura envolvendo o Bitcoin. O objetivo é trocar experiências, alinhar conhecimento regulatório e explorar avanços tecnológicos relacionados à moeda digital mais conhecida do mundo.
Com isso, ambos os países sinalizam um compromisso com a inovação financeira, apesar das pressões contrárias de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O encontro entre líderes e o início de uma nova fase
A cooperação ganhou força após o encontro, em 15 de julho de 2025, entre o presidente salvadorenho Nayib Bukele e o ministro de Estado para Cripto e Blockchain do Paquistão, Bilal Bin Saqib. Durante a visita oficial a San Salvador, os representantes dos dois países discutiram os caminhos que El Salvador percorreu desde que adotou o Bitcoin como moeda legal em 2021, bem como os desafios enfrentados diante da resistência internacional.
O Paquistão, que nos últimos meses tem mostrado uma postura mais aberta ao ecossistema cripto, está avaliando iniciativas para regulamentar o uso de ativos digitais e incentivar a mineração de Bitcoin com energia limpa. A troca de experiências com El Salvador, pioneiro na legalização do BTC, pode acelerar esse processo.
Soberania financeira como estratégia de independência
Paquistão e El Salvador defendem uma abordagem comum: usar o Bitcoin como ferramenta de autonomia econômica e modernização tecnológica. Para o Paquistão, país em desenvolvimento com uma população jovem e altamente conectada, a adoção de criptoativos surge como alternativa real ao sistema bancário tradicional.
El Salvador, que oficializou o Bitcoin como moeda legal em 2021, investiu pesado na construção de um ecossistema digital. O país lançou carteiras estatais, implementou incentivos fiscais para empresas cripto e iniciou a construção da chamada Bitcoin City, um projeto urbano movido por energia renovável e voltado à economia digital.
A parceria com o Paquistão mira agora áreas estratégicas. Os dois países querem promover educação cripto, capacitação técnica de profissionais e ampliar o uso da tecnologia blockchain na gestão pública. Outro objetivo central é a inclusão financeira de milhões de pessoas ainda fora do sistema bancário tradicional.
Na Kamoney, suas criptos viram soluções reais.
Críticas internacionais não freiam os planos
A aproximação entre Paquistão e El Salvador ocorre sob o olhar crítico de instituições como o Fundo Monetário Internacional. O FMI já manifestou preocupação com a legalização do Bitcoin em países emergentes, citando riscos à estabilidade macroeconômica e impactos ambientais da mineração.
Mesmo diante da pressão, ambos seguem firmes. Autoridades paquistanesas garantem que qualquer projeto de mineração será alimentado por energia renovável, como fontes solares e hidrelétricas. El Salvador, por sua vez, já utiliza energia geotérmica proveniente de vulcões, reduzindo a pegada de carbono de suas operações.
A mensagem é clara: os dois países pretendem avançar com independência, defendendo um modelo de inovação financeira alinhado à sustentabilidade e à inclusão social.
Uma aliança com potencial global
A parceria entre Paquistão e El Salvador unidos pelo Bitcoin pode influenciar outros países emergentes a considerar o uso de criptomoedas como ferramenta de desenvolvimento econômico. Em um cenário geopolítico em transformação, a cooperação entre nações em torno da tecnologia blockchain e do Bitcoin se apresenta como um novo capítulo na busca por autonomia e inovação.
Enquanto a oposição internacional continua, Paquistão e El Salvador seguem confiantes de que o futuro das finanças está sendo moldado agora, e que o Bitcoin pode ser a chave para uma nova era de inclusão, soberania e crescimento.